Numa audiência em tribunal poucos de nós se atreveria a chamar quadrilha a um qualquer aglomerado de pessoas, e no caso de uma visita da segurança social à nossa casa poderá não ser recomendável tratar as crianças por “canalha”. Na nossa vida quotidiana permitimo-nos bastante mais flexibilidade nas palavras comparativamente a meios formais e, tal como na poesia, todas as possibilidades da linguagem são utilizáveis. O problema é quando estes dois mundos se sobrepõem (surrepticiamente, inconscientemente, ou de qualquer outra forma). O recente uso das palavras “perigo” e “risco” são exemplos do que está em causa.
