Os organismos internacionais ligados às instituições governamentais, como é o caso da Organização Mundial de Saúde (OMS), Agência Europeia do Medicamento (EMA) e Infarmed, por exemplo, são responsáveis por mecanismos de aconselhamento, regulação e controlo apertado sobre a indústria farmacêutica e da saúde. Segundo os reguladores, o foco está na segurança das pessoas e na prevenção de conflitos com interesses económicos e financeiros, que nunca deverão sobrepor-se à saúde dos cidadãos. No entanto, a produção das vacinas covid-19 tem sido alvo de críticas pela forma como a indústria omite ou atrasa a divulgação dos dados sobre os ensaios clínicos e a monitorização da farmacovigilância dos seus produtos. São exemplo disso a decisão de um tribunal norte-americano, no início de janeiro de 2022, em ordenar que a Food and Drug Administration (FDA), o regulador norte-americano do medicamento, divulgue os dados públicos sobre a vacina da Pfizer em oito meses, em vez dos 76 anos que o fabricante disse que ia demorar, conforme noticiou a Reuters.
